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Celorico da Beira, Guarda, Feb 23 (Lusa) – The owner of a flock of sheep, Serra da Estrela breed, told Lusa news agency today that the drought is having consequences for the sector and estimates that “the coming times will be difficult.

Júlio Ambrósio, 46, resident in the municipality of Celorico da Beira, in the district of Guarda, said that this year he has already bought “two trucks of fodder” to feed the more than a thousand animals that he owns on a farm in the parish of Prados.

The agricultural entrepreneur has no lack of water in his farm, but in the dryland area “the production of pasture, at this time, is practically null”.

Ordenha das ovelhas Bordaleiras, espécie nativa da Serra da Estrela e da qual se extrai o leite para fazer Queijo Serra da Estrela certificado, em Celorico da Beira, Guarda.
(ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 24 DE FEVEREIRO DE 2022). MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

He mentioned that the situation, “in the near future, will be serious, because of the lack of forage”, since in the months of May and June he usually collects forage for next winter’s food and, “if it doesn’t rain soon”, this production “is compromised”.

“I’ve already bought extra forage from the farm, something that would normally never be necessary. The feed, in terms of ration, has been increased to supply the needs that the animals don’t harvest in the pasture,” he reported.

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According to Júlio Ambrósio, milk production “also dropped a little” and costs increased: “Right now I’m already irrigating, which would be unthinkable in a normal year. That is, I’m already having energy costs that were not foreseeable.

Júlio Ambrosio com o seu rebanho de ovelhas Bordaleiras, espécie nativa da Serra da Estrela e da qual se extrai o leite para fazer Queijo Serra da Estrela certificado, em Celorico da Beira, Guarda, 22 de fevereiro de 2022.
(ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 24 DE FEVEREIRO DE 2022). MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

“The times ahead will be difficult, even if subsidies come, because the drought will not be solved with support. The subsidies make up for the losses that we have”, he assumes.

In the opinion of the livestock producer from the municipality of Celorico da Beira, who sells sheep milk to a cheese factory that produces Serra da Estrela DOP (Protected Designation of Origin) cheese, “it will be impossible that the support that comes” can “cover the lack of forage in the future.

As he already bought two trucks of forage this year, Júlio Ambrósio hopes not to have to resort to the market again, but he does not reject this possibility “in case the drought lasts another 20 or 30 days”.

António Ferreira, de 75 anos, mais conhecido por António funileiro, trabalha na sua oficina em Folgosinho, no concelho de Gouveia, Guarda, 22 de fevereiro de 2022. O reformado orgulha-se de entre os anos de 1964 e 1967 ter fabricado e reparado muitos utensílios utilizados pelos pastores e pelas queijeiras do concelho de Gouveia, sobretudo nos Casais de Folgosinho, localizados na bacia superior do rio Mondego, nas proximidades da freguesia com o mesmo nome. (
ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 24 DE FEVEREIRO DE 2022). MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

The demarcated region of Serra da Estrela cheese production includes the municipalities of Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso, and Viseu.

More than 90% of the territory was, on February 15, in severe or extreme drought, according to the Portuguese Institute of Sea and Atmosphere (IPMA), which indicates a new worsening of the meteorological drought situation in the country.

The latest drought bulletin indicates values of percentage of water in the soil below normal throughout the territory, with the Northeast and South regions reaching values below 20%, with “many places reaching the point of permanent wilting”.

Artigo em Português

Seca: Proprietário de ovelhas Serra da Estrela admite tempos “difíceis”

Celorico da Beira, Guarda, 23 fev (Lusa) – O proprietário de um rebanho de ovelhas da raça Serra da Estrela disse hoje à agência Lusa que a seca está a ter consequências para o setor e calcula que “os próximos tempos vão ser difíceis”.

Júlio Ambrósio, de 46 anos, residente no concelho de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, referiu que este ano já comprou “dois camiões de forragens” para alimentar os mais de mil animais que possui numa quinta, na freguesia de Prados.

O empresário agrícola não tem falta de água na sua exploração, mas na área de sequeiro “a produção de pastagem, nesta altura, é praticamente nula”.

Referiu que a situação, “num futuro próximo, será grave, por causa da falta de forragens”, uma vez que nos meses de maio e junho costuma recolher forragens para a alimentação do próximo inverno e, “se não chover nos próximos tempos”, essa produção “está comprometida”.

“Já fiz a aquisição de forragens extra da exploração, coisa que, por norma, nunca seria necessário. A alimentação, a nível da ração, foi aumentada para suprir as necessidades que os animais não colhem na pastagem”, relatou.

Segundo Júlio Ambrósio, a produção de leite “também caiu um pouco” e os custos aumentaram: “Neste momento já estou a fazer rega, que seria uma coisa impensável num ano normal. Ou seja, já estou a ter custos a nível de energia que não eram previsíveis”.

“Os próximos tempos vão ser difíceis, mesmo que os apoios venham, porque a seca não se resolve vindo os apoios. Os apoios suprem as perdas que nós temos”, assume.

Na opinião do produtor pecuário do concelho de Celorico da Beira, que vende leite de ovelha para uma queijaria que produz queijo Serra da Estrela DOP (Denominação de Origem Protegida), “será impossível que os apoios que venham” possam “cobrir a falta de forragens no futuro”.

Como este ano já comprou dois camiões de forragens, Júlio Ambrósio espera não ter de recorrer novamente ao mercado, mas é uma hipótese que não rejeita “caso a seca se prolongue por mais 20 ou 30 dias”.

A região demarcada de produção do queijo Serra da Estrela abrange os municípios de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.

Mais de 90% do território estava a 15 de fevereiro em seca severa ou extrema, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que indica um novo agravamento da situação de seca meteorológica no país.

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O último boletim de seca indica valores de percentagem de água no solo inferiores ao normal em todo o território, com as regiões Nordeste e Sul a atingirem valores inferiores a 20%, com “muitos locais a atingirem o ponto de emurchecimento permanente”.

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