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The Socialist Party reached Sunday its second absolute majority in legislative elections, but this time it achieved it after six years of Government, which will make António Costa the Socialist prime minister with the longest longevity in this position.

António Costa has been prime minister since November 2015 and will now form his third Government. And, should he complete the next legislature, he will be in office until October 2026, beating even in longevity the Social Democrat Aníbal Cavaco Silva, who was in office between November 6, 1985, and October 28, 1995.

As for other socialist heads of Government, António Guterres took office on October 28, 1995, and his second executive ended on April 6, 2002. José Sócrates, on the other hand, took office on March 12, 2005, and his second Government ended on June 21, 2011.

Prime Minister António Costa

In his victory speech, when 117 Socialist deputies were already guaranteed 230 seats, António Costa referred to the political, social, and economic circumstances that distinguish this second absolute majority of the PS in relation to the first one in 2005, obtained by José Sócrates.

This result, he said, is reached after six years of governing and after a covid-19 pandemic of almost two years.

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António Costa did not say so, but it was underlined that José Sócrates’ first absolute majority was achieved under very different political circumstances, from the PS in opposition, after the then President of the Republic Jorge Sampaio dissolved the Portuguese Parliament, following a marked attrition of the Government led by Pedro Santana Lopes.

In terms of percentage, this Sunday’s result for the PS, around 41.6%, is lower than José Sócrates’ 45.05 in 2005. The number of votes is also lower now (2.2 million for Costa against 2.57 million for Sócrates).

However, as a result of the specificities of the Portuguese electoral system, the absolute majority obtained by António Costa (117) could still, at the limit, reach the 2005 maximum of 120 MPs if he elects three of the four MPs in contention in the two emigration constituencies.

In terms of constituency victories, António Costa’s PS has now managed to win in Leiria for the first time, which had not happened under José Sócrates – and with one more MP than the PSD.

In Sunday’s elections, the Socialists only lost in Madeira but tied for third in terms of seats.

Also, in an analysis of Sunday’s results, the growth verified in January 2022 compared to October 2019 is significant, with the PS going from 36.4%, with 1.908 million votes, to 2.2 million, achieving relatively high results in traditionally left-wing constituencies such as Setúbal (45.73%), Beja (43.73), Portalegre (47.21%) and Évora (43.95).

The PS also had expressive triumphs in the constituencies of Coimbra (45.23) and Castelo Branco (47.65%). Unlike in 2019, the PS won in Bragança, Vila Real, and Viseu – three constituencies in the north of the country traditionally dominated by social democrats.

In his victory speech, without making any reference to the past, António Costa sought to demarcate himself from the style of Cavaco Silva’s two absolute majorities (1987 and 1991) and that of José Sócrates (in 2005).

“One of the great challenges I will have in this legislature is to reconcile the Portuguese with the idea of absolute majorities. That stability is good for democracy and not a threat to democracy,” he declared, promising, afterward, that in the next four years he will govern in dialogue with all the parties represented in Parliament, in social concertation, and maintaining a relationship of institutional cooperation with the President of the Republic, Marcelo Rebelo de Sousa.

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In relation to the parties to the left of the PS, which had a sharp decline in these elections, António Costa left them a barb: “The Portuguese showed a red card to the political crisis.

Artigo em Português

Legislativas: PS alcança a sua segunda maioria absoluta e Costa pode ser 10 anos primeiro-ministro

 Lisboa, 31 jan 2022 (Lusa) – O PS alcançou no domingo a sua segunda maioria absoluta em eleições legislativas, mas desta vez conseguiu-a ao fim de seis anos de Governo, o que tornará António Costa o primeiro-ministro socialista com maior longevidade neste cargo.

António Costa é primeiro-ministro desde novembro de 2015 e vai formar agora o seu terceiro Governo. E, caso complete a próxima legislatura, estará em funções até outubro de 2026, batendo até em longevidade o social-democrata Aníbal Cavaco Silva, que esteve em funções entre 06 de novembro de 1985 e 28 de outubro de 1995.

Em relações a outros chefes de Governo socialistas, António Guterres tomou posse em 28 de outubro de 1995 e o seu segundo executivo terminou em 06 de abril de 2002. Já José Sócrates iniciou funções em 12 de março de 2005 e o seu segundo Governo acabou em 21 de junho de 2011.

Prime Minister António Costa celebrates his victory. MIGUEL A. LOPES/LUSA

No seu discurso de vitória, já quando estavam garantidos 117 deputados socialistas em 230, António Costa referiu as circunstâncias políticas, sociais e económicas que distinguem esta segunda maioria absoluta do PS em relação à primeira de 2005, obtida por José Sócrates.

Este resultado, disse, é alcançado ao fim de seis anos de exercício governativo e após uma pandemia da covid-19 de quase dois anos.

António Costa não o disse, mas ficou subjacente o facto de a primeira maioria absoluta de José Sócrates ter sido alcançada em circunstâncias políticas muito distintas, a partir do PS na oposição, depois de o então Presidente da República Jorge Sampaio ter dissolvido a Assembleia da República, na sequência de um acentuado desgaste do Governo liderado por Pedro Santana Lopes.

Em termos de percentagem, o resultado deste domingo alcançado pelo PS, cerca de 41,6%, é inferior aos 45,05 de José Sócrates em 2005. O número de votos também é mais baixo agora (2,2 milhões de Costa contra 2,57 milhões de Sócrates).

No entanto, em consequência das especificidades do sistema eleitoral português, a maioria absoluta obtida por António Costa (117) ainda poderá no limite alcançar o máximo de 120 deputados de 2005, se eleger três dos quatro deputados em disputa nos dois círculos da emigração.

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Em termos de vitórias em círculos eleitorais, o PS de António Costa conseguiu agora vencer pela primeira vez em Leiria, o que não tinha acontecido com José Sócrates – e logo com um deputado a mais do que o PSD.

Nas eleições deste domingo, os socialistas só perderam na Madeira, mas empataram a três em mandatos.

Ainda numa análise aos resultados de domingo, o crescimento verificado em janeiro de 2022 face a outubro de 2019 é significativo, tendo o PS passado de 36,4%, com 1,908 milhões de votos, para os 2,2 milhões, alcançando resultados bastante elevados em círculos tradicionalmente de esquerda como Setúbal (45,73%), Beja (43,73), Portalegre (47,21%) e Évora (43,95).

O PS teve ainda triunfos expressivos nos círculos de Coimbra (45,23) e Castelo Branco (47,65%). Ao contrário de 2019, o PS ganhou desta vez em Bragança, Vila Real e Viseu – três círculos eleitorais do Norte do país tradicionalmente dominados pelos sociais-democratas.

No discurso de vitória, sem fazer qualquer referência ao passado, António Costa procurou demarcar-se do estilo das duas maiorias absolutas de Cavaco Silva (1987 e 1991) e da de José Sócrates (em 2005).

“Um dos grandes desafios que terei na legislatura é reconciliar os portugueses com a ideia das maiorias absolutas. Que estabilidade é bom para a democracia e não uma ameaça para a democracia”, declarou, prometendo, depois, que, nos próximos quatro anos, governará em diálogo com todos os partidos representados no parlamento, em concertação social e mantendo um relacionamento de cooperação institucional com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em relação aos partidos à esquerda do PS, que tiveram uma acentuada quebra nestas eleições, António Costa deixou-lhes uma farpa: “Os portugueses mostraram um cartão vermelho à crise política”.

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