Advertising

The series “Glory”, which arrives on Friday on the Netflix platform, will give more international visibility to Portuguese fiction at a time when “the market is very open to new stories”, said the screenwriter Pedro Lopes to Lusa.

Directed by Tiago Guedes, “Glory” is the first original Portuguese production for the streaming platform Netflix, a co-production of SPi and RTP, with the premiere of the first season, of ten episodes, scheduled for next Friday.

“We have entered a new level of fiction-making. Series of this nature have a different level of care and reflection. […] Having access to other financial muscle allowed us more time for writing, filming, art direction, preparing the restoration of the buildings, the decoration, the rehearsals for the actors. When we enter an international market, the difference is in the details,” emphasized Pedro Lopes, creator of the series.

While the financial amount was not disclosed, Pedro Lopes had previously said that “no other Portuguese series had such high production values”.

“Glória” involved around 200 people, including an international cast of 80 actors, a team of eight scriptwriters, and a shoot that lasted more than four months to produce “a profoundly Portuguese story that is simultaneously universal”.

Advertising

“Glória” is an espionage and action thriller set in Portugal in the final years of the New State and during the Cold War, a fictional story based on context and real facts.

The action takes place in the village of Glória do Ribatejo, where for decades a US broadcasting center (RARET) operated, whose purpose was to transmit “western propaganda to the Eastern Bloc countries”.

The fictional story is played by engineer João Vidal (actor Miguel Nunes), son of a high-ranking Estado Novo leader, recruited by the KGB, Moscow’s secret police.

“This project brought an original story, not only for those who are not Portuguese, who get to understand the role that Portugal had as a platform in this period of the Cold War; and also for the Portuguese, because RARET, despite being a 200-hectare complex where 500 people worked, continues to be a very well-kept secret throughout all these years,” explained the series creator.

“Glória” comes to Netflix at a time when other streaming platforms are also producing and showing Portuguese fiction series, such as “Auga Seca” (SPi, Portocabo, Televisión de Galicia and HBO) and “Operação Maré Negra” (Ficción Producciones, Ukbar Filmes and Amazon Prime Video).

Pedro Lopes stresses the relevance of Netflix, operating in Portugal since 2015: “I believe that ‘Glory’ on Netflix, which is the leader in streaming with over 293 million subscribers and present in over 190 countries, can bring visibility to Portugal and our industry.”

Pedro Lopes, director of content at SP Televisão, recalls that the first approach of the Portuguese production company to Netflix happened four years ago at the Berlin film festival and that the process of implementing the project was a long one.

The screenwriter is keen to say that Netflix bet on “Glory” even before there was talk of the creation of a new tax and the investment obligations of those ‘streaming’ platforms, through the transposition of a European directive on audiovisual.

“Right now the market is very open to new stories, probably never has so much been produced, viewers have never had so many hours in contact with fiction. The market needs texts. This and other series come to show that it’s a question of opportunity, that there is more attention to Portugal”, he said.

Pedro Lopes is convinced that series like “Glória”, spoken in Portuguese, are part of a movement that places fiction from the peripheries in global markets.

“If we look at the Netflix catalog, what I find very interesting is the diversity. We have access to fiction that, as in our case, comes from the peripheries. We have the possibility of seeing fiction in different languages. There is no attempt at uniformity, but giving space to new voices,” he considered.

Other articles at FeelPortugal

Besides Miguel Nunes, the series also features Victoria Guerra, Afonso Pimentel, Adriano Luz, Carolina Amaral, Joana Ribeiro, Albano Jerónimo, Marcelo Urgeghe, Sandra Faleiro, Carloto Cotta, Maria João Pinho, Inês Castel-Branco, Rafael Morais, Leonor Silveira, Matt Rippy, Stephanie Vogt, Jimmy Taenaka, Ana Neborac, Augusto Madeira, and Tiago Rodrigues.

Besides Netflix, the series will also premiere on RTP, although no date has been revealed yet. Pedro Lopes also said that a second season “is not an immediate concern.

Asked about the possibility of SP Television producing some of the projects that in 2020 received financial support in a scriptwriter competition promoted by Netflix with the Institute of Cinema and Audiovisual, Pedro Lopes said: “I can’t talk to you about that (laughs). It’s answered, isn’t it?”.

Advertising

Artigo em Português

Série “Glória” na Netflix vai dar visibilidade à ficção portuguesa – argumentista

A série “Glória”, que chega na sexta-feira à plataforma Netflix, vai dar mais visibilidade internacional à ficção portuguesa, num momento em que “o mercado está muito aberto a novas histórias”, afirmou à Lusa o argumentista Pedro Lopes.

Realizada por Tiago Guedes, “Glória” é a primeira produção portuguesa original para a plataforma de ‘streaming’ Netflix, numa coprodução da SPi e da RTP, tendo estreia da primeira temporada, de dez episódios, marcada para a próxima sexta-feira.

“Entrámos num outro patamar de fazer ficção. Séries desta natureza têm um nível de cuidado e de reflexão diferente. […] Termos acesso a outro músculo financeiro permitiu que houvesse mais tempo para escrever, para filmar, para a direção de arte, preparar a recuperação dos edifícios, a decoração, os ensaios dos atores. Quando entramos num mercado internacional, a diferença está nos pormenores”, sublinhou Pedro Lopes, criador da série.

Não tendo sido revelado o montante financeiro, Pedro Lopes já tinha dito anteriormente que “nenhuma outra série portuguesa teve tão grandes valores de produção”.

“Glória” envolveu cerca de 200 pessoas, entre as quais um elenco internacional com 80 atores, uma equipa de oito argumentistas e uma rodagem de mais de quatro meses para concretizar “uma história profundamente portuguesa e simultaneamente universal”.

“Glória” é um ‘thriller’ de espionagem e ação, passado em Portugal nos anos finais do Estado Novo e durante a Guerra Fria, uma história de ficção assente num contexto e em factos reais.

A ação concentra-se na aldeia da Glória do Ribatejo, onde durante décadas funcionou um centro de transmissões norte-americano (RARET), que tinha como objetivo transmitir “propaganda ocidental para os países do Bloco de Leste”. 

A história de ficção é protagonizada pelo engenheiro João Vidal (o ator Miguel Nunes), filho de um alto dirigente do Estado Novo, recrutado pelo KGB, a polícia secreta de Moscovo.

Advertising

Advertising

“Este projeto trouxe uma história original, não só para quem não é português, que fica a perceber o papel que Portugal teve como plataforma neste período da Guerra Fria; e também para os portugueses, porque a RARET, apesar de ser um complexo de 200 hectares onde trabalhavam 500 pessoas, continua a ser um segredo muito bem guardado ao longo destes anos todos”, explicou o criador da série.

“Glória” chega à Netflix numa altura em que outras plataformas de ‘streaming’ estão também a produzir e a exibir séries de ficção portuguesa, como “Auga Seca” (SPi, Portocabo, Televisión de Galicia e HBO) e “Operação Maré Negra” (Ficción Producciones, Ukbar Filmes e Amazon Prime Video).

Pedro Lopes sublinha a relevância da Netflix, a operar em Portugal desde 2015: “Eu acredito que o ‘Glória’ na Netflix, que é o líder no ‘streaming’ com mais de 293 milhões subscritores e presente em mais de 190 países, possa trazer visibilidade a Portugal e à nossa indústria”.

Pedro Lopes, diretor de conteúdos da SP Televisão, recorda que a primeira aproximação da produtora portuguesa à Netflix aconteceu há quatro anos no festival de cinema de Berlim e que o processo de concretização do projeto foi longo.

O argumentista faz questão de dizer que a Netflix apostou em “Glória” ainda antes de se falar da criação de uma nova taxa e das obrigações de investimento daquelas plataformas de ‘streaming’, por via da transposição de uma diretiva europeia sobre audiovisual.

“Neste momento o mercado está muito aberto a novas histórias, provavelmente nunca se produziu tanto, os espectadores nunca tiveram tantas horas em contacto com a ficção. O mercado precisa de textos. Esta e outras séries vêm mostrar é que é uma questão de oportunidade, que haja uma maior atenção a Portugal”, disse.

Pedro Lopes está convicto de que séries como “Glória”, faladas em português, se inserem num movimento que coloca a ficção das periferias nos mercados globais. 

Advertising

“Se olharmos para o catálogo da Netflix, o que eu acho muito interessante é a diversidade. Termos acesso a ficção que, como é o nosso caso, vem das periferias. Temos possibilidade de ver ficção em diferentes línguas. Não há uma tentativa de uniformização, mas de dar espaço a novas vozes”, considerou.

Além de Miguel Nunes, a série conta com a participação de Victoria Guerra, Afonso Pimentel, Adriano Luz, Carolina Amaral, Joana Ribeiro, Albano Jerónimo, Marcelo Urgeghe, Sandra Faleiro, Carloto Cotta, Maria João Pinho, Inês Castel-Branco, Rafael Morais, Leonor Silveira, Matt Rippy, Stephanie Vogt, Jimmy Taenaka, Ana Neborac, Augusto Madeira e Tiago Rodrigues.

Além da Netflix, a série irá ainda estrear-se na RTP, embora não tenha sido ainda revelada data. Pedro Lopes disse ainda que uma segunda temporada “não é uma preocupação imediata”.

Questionado pela Lusa sobre a hipótese de a SP Televisão produzir algum dos projetos que em 2020 receberam apoio financeiro num concurso de argumentistas promovido pela Netflix com o Instituto do Cinema e Audiovisual, Pedro Lopes disse: “Não lhe posso falar disso (risos). Está respondido, não é?”.

SS // TDI

Advertising
Share.

Leave A Reply